terça-feira, 28 de outubro de 2008

Texto de Rebuzzi



Como passei muito tempo frequentando esse bar, acabei aprendendo algumas lições. A mais importante de todas ponho aqui: Músicas tem silêncios, almas tem ocos e pessoas tem vazios.

A cada salva de palmas batidas para ele, eu reconhecia que ninguém ali o aplaudia pela qualidade de suas músicas, mas porque ele era da nossa espécie. Os excluídos. Azarados. Os que conheceram a verdade nua e crua quando a viram tomando banho com a pessoa que amavam.

Então, o conheci pessoalmente. Sujeito de pernas arqueadas, olhos amarelos e expressão triste (apesar de um rosto bonito).

Crise existencial, depressão e diálogos firmes?
Ele era tão ruim quanto eu!
Estou apaixonada.


Por Rebuzzi

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